Um empregado na morgue de Vizela morreu esta manhã, após ter sido cremado acidentalmente por um dos seus colegas de trabalho.
De acordo com as autoridades, Francisco Panã, de 48 anos de idade, decidiu dormir uma sesta em uma das macas, depois de 16 horas seguidas de trabalho. Enquanto dormia, um outro empregado confundiu-o com um cadáver de uma vítima de acidente de viação de 52 anos de idade e levou-o para o crematório.
Antes que dessem pelo erro, o homem já havia sido exposto a temperaturas entre os 762 e os 982 graus Celsius. Palmira Fonseca, uma das trabalhadores que se encontrava presente, diz que o ouviram a gritar durante cerca de 15 segundos após terem iniciado o processo:
“Primeiro, não percebíamos de onde estava a vir o barulho. Quando nos apercebemos daquilo que estava a acontecer, era muito tarde. Desligámos o forno mas ele já estava bem tostado.”
Aparentemente, foi um empregado novo que causou o acidente. Ele esqueceu-se de ver a marca no pé para se certificar que estava prestes a cremar o corpo certo.
As autoridades iniciaram uma investigação para determinar as circunstâncias exactas que levaram à morte de Francisco Panã.
Os investigadores não descartaram a possibilidade de agir judicialmente contra o empregado que causou a sua morte. O jovem pode mesmo ser acusado de negligência.